quinta-feira, 18 de novembro de 2010

i loveee ...











a sobriedade não me aconchega
e quero por fim, jogar-me da ponte do paradigma
e  chegar além do aprendível
e alcançar a coisa.
e sair da gravidade
e da Terra, cair
e...

magnificar. preciso aprender a magnificar minha realidade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Meu bloco de notas anda vazio,
minha identidade anda sem foto
meu cachorro, anda sem dona
e minhas pernas, firmes nem andam mais
minhas artérias sem coração
me roubaste tudo com seu calibre.
cansei dos furtos desse amor de Platão ...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

trecho

(ando encontrando trechos esquecidos aqui no pc. Resolvi relembrá-los )



1 . Caía mais um dia limpo na cidade azul. Como que se dissesse até o tempo, que tudo continuava estável e calmo. Calma essa, não mencionada em voz alta; essa que se avança no peito e que se continuar, possa desensinar o coração a pulsar; até tal ponto que um dia ocorra infarto do miocárdio por não saber mais como mover-se dentro do tórax.
Coração. Muito mais cor, que ação ...



             

sábado, 11 de setembro de 2010

sobre a escrita

escrever é passo à passo,
um após ou outro, descalço.
é como não saber falar e dizer tudo de uma vez
e até com guardanapo passar a mensagem.
hoje se escreve de tudo,
mercadoria à amor ( um igual ao outro, às vezes).
porque o mundo ultrapassou a si próprio
e a escrita supera as galáxias... e além

sábado, 4 de setembro de 2010

perguntas extraviadas.

onde deixei meu amor peralta
que me alisava o interior
e massageava a alma pelos vasos sanguíneos ...


desde quando me assombra essa tristeza consciente
ressentida,
assim tão bem escondida por mim?


em qual rua deixei cair meu amor,
que cintilava nas negras retinas
com elegância suficientemente recatada ...


se me deram um coração tão presunçoso
por que então, um amor tão esquivo
que não acha as mãos certas que lhe segure as asas?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010








$ $ $


Momento propaganda : lelov.tumblr.com
me rendi ao tumblr pra postar minhas fotos, se também gostarem, visitem (:

sábado, 21 de agosto de 2010

EM 2O ANOS.

    





    Daqui a um ano, eu vou estar além do que minha mente aguçada, voraz e amordaçada pretende ir. Daqui a 365 dias e alguns segundos se contar de agora, eu vou voar de asa delta, comer comida tailândesa e virar surfista profissional. Vou saber falar francês, inglês e italiano; morar em Bruxelas e visitar o Louvre com meu noivo canadense de sutaque e barba de francês. Tocarei na Monaliza, reenauguro o Coliseu e aceno pra vocês na varanda do vaticano.
Fico amiga da Madonna, farei curso de tiro ao alvo e por fim acerto a sapato direto no George Bush.
         Daqui a cinco anos, vou estar em pleno êxtase existêncial, não cabendo em mim a descoberta
de estar viva, e de sobreviver vivendo, assim tão vivo, me esquecerei que morrer, às vezes,  assim só um pouquinho, também faz parte do escapismo. Escape, que enche de ar o coração e frequência o pulmão... Mas me darei conta disso e escreverei uma carta romântica, de romance burguês (com letra desenhada e corações invés dos pingos sobre os is) para o meu antigo amor; e quando me afogar de pleonasmos piegas nessa carta, ficarei triste e então estarei completa.
Escrevo um livro, reivento palavras e cito Dostoiévski em poemas. O poema de número 77, será escrito lá de um ashram indiano, onde só com a força do Eu inabalável farei uma obra  literária, sem precisar nem de caneta, porque serei inabalavelíssima! Anos: luz...
Então em quinze anos, me desafaço de tudo: aliança, casa e compromisso, e em cima de uma ponte, rifo meu coração, levanto a blusa e pulo. Agarrada a uma corda que me salve e deixe meu amor pendurado por horas; o coração por um fio! Até os bombeiros chegarem e o meu coração ser arrancado à força do meu tórax por dois deles de uma só vez.
         E aí em 20 anos, lanço minhas memórias. E conto tudo oque eu fiz em honra à vida, que me foi dada de presente, gratuíta; e como cavalo dado não se olha os dentes, aceito-a sem intensificar os defeitos. Para não temer quando o espelho perguntar :
         - Decepciona mais oque você fez ou oque não fez, meu caro?







perplexidades.

a parte mais efêmera
de mim
é esta consciência de que existo
e todo o existir consiste nisto
é estranho!
e mais estranho
ainda
me é sabê-lo
e saber
que esta consciência dura menos
que um fio de meu cabelo
e mais estranho ainda
que sabê-lo
é que
enquanto dura me é dado
o infinito universo constelado
de quatrilhões e quatrilhões de estrelas
sendo que umas poucas delas
posso vê-las
fulgindo no presente do passado.

Ferreira Gullar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cai num tom razo do céu
um pássaro desavisado;
dando, abaixo de onde deveria estar, passos.
Passos por onde só gente de carne e pecado poderia estar...


Cai de um tom aveludado,
asas batendo por um milésimo a milhão.
fingindo que não tem medo
ser filho do deus cronos
e acabar engolido por ser primogenito do tempo.


Cai passarinho andante,
nas mãos de alguém que arraste
um manto pesaroso.


Cai pássaro ardente,
bebeiricando o amor na terra
já que não encontra no ar .


Cai! como todo ser que nunca se contenta
com a vista que tem do lugar onde está .


domingo, 8 de agosto de 2010

Até logo, amigos!

 Já devem ter sentido minha ausência pra não dizer inadiplência aqui no MW! Fiz uma breve-brevíssima explicação pra isso AQUI. Preciso de um tempo pra organizar as coisas e meu coração vibra com a hora que eu possa voltar firme e forte com as postagens. E mais uma vez, me desculpem!

Vou deixar um texto da Maria Rita Angeiras, que define um pouco o momento.


ATÉ LOGO.
Escrever é tocar alguma coisa. Uma coisa que às vezes é macia, mas que às vezes fere, até ferir tantas vezes que um dia o machucado fica tão grande que é preciso parar e cuidar da mão. Escrever acontece. E em alguns períodos acontece com tanta frequência que é preciso dar um passo atrás, antes que se adoeça do oco que se sente entre a linha um e a linha dois. E existe o cansaço físico de transformar letra em sentimento e sentimento em letra, porque é impossível equilibrar a limitação das palavras com a adorável ilimitação da vida. Escrever adoece. O pulmão, o coração, o peito e qualquer parte sensível que não aguente o sufoco de vibrar numa rima e morrer na outra, repetidamente. Escrever é uma troca. E sempre faz bem para os dois lados, mas não é saudável usar o ombro de quem lê para enxugar as lágrimas de quem escreve. Por isso, é preciso respeitar a ausência, sem achar que a falta da coisa escrita é a falta da própria pessoa que escreve. É preciso absorver o vazio, sem precisar recorrer à última gota de poesia, porque esta nunca se deve tirar do sangue que passeia no corpo. E, por fim, é preciso aceitar, com doçura, o silêncio, sem nenhum sentimento de perda, mas acreditando que, com ele, se ganha outra coisa. Outra coisa que engrandece. Outra coisa que não está escrita. E que nem precisa estar.





Eventualmente eu volto a escrever.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Se eu morrer antes de você.

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:  Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,  mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!" Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha
na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente,vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo
o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu ...
Ser seu amigo... já é um pedaço dele...





quarta-feira, 28 de julho de 2010

WHO - FIVE OCLOCK HEROES featuring AGYNESS DEYN .

                     
                 
Confesso que só conhecia o lado Agyness absoluta-esbanja-estilo das revistas, esse lado musical pra mim foi novidade. Mesmo estando aí desde 2008.
i liked :*

terça-feira, 27 de julho de 2010

Estamos com fome de amor.

Por Arnaldo Jobor.


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Antes idiota que infeliz!


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

domingo, 25 de julho de 2010

for me this was not a choice!

(eu prefiro beber do que roubar)
( As pessoas ouvem falar em desastres e elas pensam em terremotos, eu ouço e lembro do mendigos de Toronto)
( Não ouse negar minha existência)
( para mim isto não é um escolha)



fotos do site unurth . Mostra a denúncia do artista Fauxreel sobre os mendigos de sua cidade, Toronto no Canadá. É de verdade, está nas ruas de lá . Artistíco, belo e realista ! E se encaixaria perfeitamente nas ruas do nosso brasilzinho , né?!

Achei digno de postar por aqui.

1 bj :*

fik dik



Quando tiver com tempo livre e procurar um filminho bom para assistir, eu tenho uma ótima opção : A Moça Com Brinco de Peróla . Fazia um tempão que eu queria assistir e só esse final de semana larguei a preguiça e fui alugar ... Não é emocionante, intenso, marcante coisa e tal , mas é muito bom; principalmente pra quem curte história e arte. É singelo e interessante.
É baseado no livro de mesmo nome, que por sua vez vem da pintura do holandês Johannes Vermeer ( Girl With A Pearl Earring) que é considerada a Monaliza holandesa.
E claro, tem a Scarlett que dá um charme à parte .

           

sábado, 24 de julho de 2010

Audrey Hepburn — Moon River

                         


                         

Moon river
Wider than a mile
I'm crossing you
In style some day
Oh, dream maker
You heart breaker
Wherever you're goin'
I'm goin' your way


(...)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda." (O Gigolô das palavras.)

Luis Fernando Verissimo.
  

terça-feira, 20 de julho de 2010

destrinchando





''Escrevi livros que fizeram
muitas pessoas me
 amar de longe.''

 






Fernando Sabino
enviada em 27.10.1953

Clarice,
        Gostei de saber que você está com a alma mais sossegada. O sentimento de grandeza que você acha que está perdendo talvez agora é que você esteja adquirindo. Sua predisposição para ficar calada não é propriamente uma novidade: a novidade é estar aceitando, inclusive, o silêncio. É bom isso, dá mais paciência, mais compreensão, dá mais sentimento às coisas — e dá grandeza.
Fernando.

enviada em 06 de julho de 1946.
Clarice,
      Por isso (sic) não te posso mandar nenhuma palavra animadora. Digo apenas que não concordo com você quando você diz que faz arte apenas porque “tem um temperamento infeliz e doidinho”. Tenho uma grande, uma enorme esperança em você e já te disse que você avançou na frente de nós todos, passou pela janela, na frente deles todos. Apenas desejo intensamente que você não avance demais para não cair do outro lado. Você tem de ser equilibrista até o fim da vida. E suando muito, apertando o cabo da sombrinha aberta, com medo de cair, olhando a distância do arame já percorrido e do arame a percorrer — e sempre tendo de exibir para o público um falso sorriso de calma e facilidade. Tem de fazer isso todos os dias, para os outros como se na vida não tivesse feito outra coisa, para você como se fosse sempre a primeira vez, e a mais perigosa. Do contrário seu número será um fracasso.

Fernando.

Lygia Fagundes Telles
enviada em 25.11.1977
Minha querida
Clarice,
Queria apenas dizer-lhe que seu livro A hora da estrela é muito belo e que você é muito amada. Segui seu conselho, comprei roupas claras (de preferência, o branco, você disse) e cortei o cabelo. Acho que recomeço a viver, vamos recomeçar juntas? Se eu for aí passar o Natal com meu irmão, quero te levar um pente (como aquele que te dei, outras cores) e te dar um beijo.
Lygia.

Carlos Drummond de Andrade
enviada em 18.08.1975
Clarice, querida:
   Ler ou reler você é sempre uma operação feliz: descobrem-se coisas, aprimora-se o conhecimento das descobertas. Senti isto percorrendo De corpo inteiro e Visão do esplendor. Obrigado, amiga!
       O abraço, a admiração, o carinho do
Drummond





PHOTODAILY

'' (…) Lindas,magníficas.
Ao dar,transmite-se afeto.
E ao receber,sente-se a sinceridade.
Nelas,encontra-se a paz,o amor,a delicadeza,a beleza,a vida.
Porém apenas aos que,sentem na alma…
A sua verdadeira magia.
Nas vermelhas,o amor.
Nas amarelas a harmonia.
Nas rosas,a beleza.
E nas demais… Encantos da vida. ''

segunda-feira, 19 de julho de 2010

The Like - Fair Game

                       

Laena Geronimo

Annie Monroe

Z Berg

Tennessee Thomas
                
lindas <3

domingo, 18 de julho de 2010

DOCE AMOR AMARGO.

            Histórias doces dão audiência e contemplação à plateia, que em unânime agrado ergue-se para aplaudir o amor invencível de um romance piegas. Do outro lado do palco os atores se despedem, tiram a maquiagem e dão a cara ao vento, na noite, no gelo, no frio das vidas que se encontram na estação de um trem; seguindo nos trilhos: anônimos que sofrem, atores que não interpretam mais, casais que ainda vão se formar e os que se desfazem de seus casos pondo o coração na mala e partindo para longe. Pobre corações asfixiados...
          Histórias de amor se passam na voz dos apaixonados, que levam consigo seu lenços para secar a escorregadia e esmiuçada realidade da própria vida e contar a invenção linda do amor alheio na saída do cinema.  Assim logo canta a realidade no amanhacer e contradiz o sonho bom de ter um coração de braços esticados tentando alcançar-lhes num abraço... mas não existem mais braços lá. E o coração se conforma então com a bolsa térmica de água aquecida do lado esquerdo da cama, que faz parecer quentinha a solidão.
         Histórias são amargas quando, amarguradas de falsas esperanças, tentam parecer simpáticas. Na sombra da calçada que forma o casal triunfante de velhinhos que descobriram a tão rara fórmula, se encontram perdidos os atores repletos de aplausos ( Meros falsantes de coração engomado.) à margem, amargurados erguendo a cabeça e olhando o amor de cima, catanto um corpo solitário que lhe abrigue a fé no bonito.
        Doce amor amargo esse, que se satisfaz de aplausos e pipocas. Amor tão recolhido, tão cheio de braços e desejos. Vivo, ainda que sem ar. Doce ainda que ninguém prove. Amargo quando despido. Doce amor amargo que persegue os poetas, doce amor amargo que inspira crônicas fingidas na poesia de amar alguém entre aspas, que faz crescer o números de corações suícidas.
       Doce amor esse...

sábado, 17 de julho de 2010

Lily Allen "The Fear." mk II

                       (The People Vs Lily Allen Video Remake)

             

2000 fãs em todo o Reino Unido da Lily foram selecionados para o remake de The Fear. 
A ideia foi boa e o resultado incrível! <3





ps:. Faz seis meses que isso foi feito hehe
                           por WALT WHITMAN






                (...) O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você adoece, louco e em crise de abstinência ( sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou a você adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, porque ele antes lhe dava de graça). O estágio seguinte é você esquelética e tremendo em um canto, sabendo apenas que venderia sua alma ou roubaria seus vizinhos só para ter aquela coisa mais um vez que fosse. Enquanto isso, o objeto de sua adoração agora sente repulsa por você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. A ironia é que você não pode culpá-lo. Quero dizer, olhe bem para você. Você está um caco, irreconhecível até mesmo aos seus próprios olhos. (...)  


                                                    Trecho de Comer, Rezar, Amar de Elizabeth Gilbert

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SOMEWHERE

                        

 Quando eu vejo um filme para estrear que eu sinto que vou gostar, eu sempre tenho que vir mostrar pra vocês e liberar por aqui a ansiedade do meu corpo hahahaha . E isso tá acontecendo com Somewhere, o novo filme da Sofia Coppola ( ''Encontros e Desencontros'' e ''Maria Antonieta'') que até o dia da estreia no EUA no dia 22 de dezembro ( sem data prevista por aqui ) vai ser assunto por muitos blogs, sites, tv ...
                A sinopse é mais ou menos esta : Aborda a história do ator Johnny Marco, que decide se hospedar  em hotel glamuroso, desses onde só dinheiro, fama e prazer importam ...  até que recebe a visita inesperada da sua filha (Elle Fanning) de 11 anos e se vê obrigado a reavaliar sua vida.''
  A sinopse em si não me chamou tanto a atenção, mas o trailer e a Sofia me fazem acreditar que vai uma história bem narrada, doce e intensa. E vamos ver a irmãzinha da Dakota Fanning em ação também hihi


quinta-feira, 15 de julho de 2010

A tristeza lhe cai bem.



A angústia consumiu todo o seu peito, eufemismo de pulmão, e você desistiu de fazer poesia, porque você passeia pelo oito ou pelo oitenta com a mesma frequência com que vai ao parque correr. Você não sabe se corre de algum lugar ou para outro lugar, mas continua mesmo assim, até sua perna e seu tornozelo se machucarem, depois de desistirem de andar atrás dessa sua fé impregnada de náuseas sartreanas, que você tenta queimar na fogueira, acendendo vela branca para salvar a sua alma do buraco do ceticismo. Tem essa risada boba e esse jeito meio infantil de se vestir, coisa de espírito livre, mas revela um sorriso desenvergonhadamente sério, acompanhado por olhos extremamente confusos e cabelos bagunçados, que lhe conferem uma angústia quase adotiva quando anda pelas ruas na luz amarelada do final do dia. E como você adora essa luz. Fica trocando de calçada feito uma louca, a cada cinco metros, só para acompanhar a despedida do sol, enquanto você tenta desesperadamente distrair esse seu lado escuro e questionador com um pouco de claridade, porque você tem aquela história de ‘sentir uma insolação quase febril de inconsciência do resto do mundo’. E como você gostaria de um pouco de inconsciência, meu Deus. Talvez você dormisse mais. Talvez você sonhasse mais. Talvez você usasse menos ‘sim’ e ‘não’ e tentasse um ‘talvez’. E de uns tempos pra cá, alguma coisa em você mudou. E você anda por aí com essa alegria constante, até meio vendida, no meio de tantas perguntas a se fazer, a se responder, mas que você ignora fazendo crônicas estúpidas com conclusões estúpidas, tornando você mais uma em qualquer lugar que vai, apesar de não se importar, apesar de achar que não, tantos apesar de. E, imediatamente, eu lembro de você passando pela portaria de cabeça baixa, com o cabelo preto preso em um rabo de cavalo alto e alguns fios caindo nos olhos, cheios de resto de maquiagem preta, que insistem. Você ainda enjoada dos seus próprios erros de menina, procurando nos bolsos algum resto de poesia, enquanto atropela, pelo chão, alguns pedaços das suas próprias vontades, que você esqueceu em algum lugar. E tudo isso, toda essa intensidade, tinha uma certa beleza, sabe? A tristeza lhe cai bem. Porque a alegria, quando freqüente demais, corre aquele pequeno risco de se vulgarizar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MINHA FILOSOFIA.

   
   Your secret from Jean-Sebastien Monzani on Vimeo



                                  QUANTO PODE SER BONITA UMA IDEIA CRIATIVA !



.
 O QUE TE IMPEDE DE VOAR?




Acima da corrente elétrica sob seus pés: há um céu, totalmente livre !






A flor se alinha ao chão,
morrendo de desejo de sair correndo com o vento.
Meu coração se agarra ao meu corpo
debatendo-se para não saltar em queda-livre com o desejo,

ardendo...

sem fôlego!




 

domingo, 11 de julho de 2010

She & Him - Thieves

          
tradução

E pra quem gosta da Zooey Deschanal , mais um clipe, saindo do forno (:

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Não faço parte do conjunto completo. Me afasto.
Corresponde-se na composição do meu dia, certo enlaço...
Enlaçando-se de amor translúcido sem lucidez.
Misturo-me ao mundo
mas nunca sou igual a ele. Me refaço.