quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma inspiração absoluta.

FOTOS DE AUTORIA DA ELLE LISSY












Conheci o trabalho genial dessa artista-fotógrafa-cenegrafista através de seu Flickr que não só tem essas composições magníficas nas fotos, como possui vídeos de sua autoria com ideias sarcásticas, transitando na  linha tênue que divide arte surreal com a nossa realidade crítica.
É esplendoroso!

domingo, 27 de março de 2011

Breve resenha sobre a noite.

Eu e a noite; entrelaçados e aturdidos
Caídos
pertecentes a uma liberdade inventada
no sossego ardente, queimando rotineiramente
me vejo escrevendo o clichê do poeta solitário...


comi um pedaço da lua
para me envenenar
e expor minha alma crua no asfalto.
o dia é a mordaça, a noite é a pecadora
a solidão me toca, me rasga e apalpa


O mundo é um teatro de loucos
inquietos e doutrinados.
o coração é só um órgão
um tanto supervalorizado
E eu ...
Só sei oque sou, na alma sua,
e nua da noite ...






terça-feira, 22 de março de 2011

A língua começou pelo céu do boca, dobrou-se pela parte não vísivel dos dentes, desceu. Passou para os inferiores, se alastrou dentre os lábios e voltou ao seu lugar de costume.
Mas ninguém viu. Ninguém reparou. Ninguém salivou... Então voltou a si.



Para não voltar a ver a própria alma nua e crua tão cedo.

She&Him - Don't Look Back.




TRADUÇÃO

@isabelladiniz

quinta-feira, 17 de março de 2011

O rato morto do nosso amor.


    Você me bate a porta mas eu não abro. É o tempo de me corroer por dentro e você ir embora, então quando vai eu também vou. Saio de mim mesma, me abstraio. E só então viro covarde, porque arrumei motivo para a desistência e li hoje que quem desiste e arruma motivo é verdadeiramente um covarde.
Equanto você se afasta da porta passo por passo rumo a mais longe de mim e permaneço parada, ao acaso, auvindo os ruídos trazidos pela sua ida, meu coração bate e eu seguro firme com as mãos. Por que sou covarde.
Mundinho de covardes esse que se afastam da porta. Tempo covarde esse que desiste de permanecer. Mulher covarde essa que não destrava a fechadura e nem tira os dez dedos que prende sobre o coração. E tudo com um, dois, três... mil motivos. Destemidos são os que amam com a chave que destranca porta. E veem o feio do amor e ainda sim, amam.  O amor não é só o rouxinol que pousa sobre o seu ombro num lindo dia com o arco-íris sobre o mar. O amor também é um rato morto na calçada da rua. Sujo, sangrando. Que perturba porque não é atrativo. Então se ama ao mundo, mas não se ama ao rato morto porque o cotidiano é covarde também e seleciona oque deve ser amado, numa cegueira opcional. E se é cego não é amor. O amor ama o defeito, porque o vê.
Se eu tivesse aberto a porta e não desistisse e não terminasse e não me vendasse e não negasse o desgostoso no meu amor... eu teria razão. Por que eu seria desbravada por você e daqui a 30 anos quando tua barriga crescesse, o meu rosto murchasse, teu ranso me irritasse e quando no bafo, na ruga, no sujo, na abstinência eu visse o rato morto do nosso amor e não desistisse, eu seria destemida.
    Mas você me bateu à porta e eu não abri, foi o tempo de me corroer por dentro e você ir embora.


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quarta-feira, 16 de março de 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

gloriosa raça 21.

Precisamos de ideologia mais que design. Precismos de mais conteúdo e menos informação. Celebramos o glorioso século 21 com 21 socos no estômago por uns sifrões a mais. se amor virar o próximo produto da mídia de que importa sentir? Cadê a revolução? Em que rua se encontram os revolucionários da era? Compra-se carros e amores. Embala-se vestidos e sonhos. Onde bunda, peito e auto-estima estão em seringas plásticas. Somos engolidos diariamente e sorrimos, porque não vemos as marcas das mordidas, que sutilmente, levam nossa alma pra algum lugar esquecido desde o tempo das cavernas. É mais fácil desintegrar um átomo do que destruir uma ditadura. Mais cômodo seguir uma idéia em massa, do que destronar um preconceito soberano. Mais prático remontar com fósseis um dinossauro, do que montar com gestos um relacionamento A verdade não existe e acreditamos nela. A compramos e vendemos… Somos um tipo de raça que se sobrepõe ao mundo, mas que também  gira em círculos e nem percebe.