segunda-feira, 14 de junho de 2010

     Eu acredito que tudo acontece por uma razão. As pessoas mudam afim de que você possa aprender a deixar pra lá. As coisas correm mal, para que você possa apreciá-las quando estão boas. Você acredita menos, assim você eventualmente aprende a não confiar em ninguém a não ser você mesmo. E às vezes, coisas boas acabam, para que coisas melhores possam começar.

 Marilyn Monroe



O destino promete as flores, o sol e o banquete.
Então, estendemos os braços
abrimos o olhos e nos descobrimos loucos.

Um dia seu sorriso repudiou o sinal de partida
Mas depois, alguém partiu sem se despedir .
Quantos sinais se foram ao longo da estrada
quanta folha caiu nos outonos passados .

E então, um dia alguém disse
e repetiu a história da volúpia do amor,
que espuma ao léu, que reluz no escuro
que escorre pelo braços num líquido impuro .

Portanto, algum dia volte...
Conte-me os seus casos e exprima culpa.

Só assim o amor será supremo
cairá num vidrinho do seu bolso;
repousará sobre minhas mãos e o beberei
como um antídoto tóxico.

E alguém será o meu vício excessivo.
Meu fumo, minha droga colombiana.
E poderei jogar pela janela, sem culpa,
o projeto que fizemos do arco-íris.

 O destino promete tudo.
  Para estendermos os braços
      e nos descobrirmos ...

loucos
                                                       

domingo, 13 de junho de 2010

Lena - Satellite

        

tradução

Lena Meyer-Landrut foi a ganhadora do Eurovision, um festival de cantores que reúne todos os países da Europa. Ela é alemã e 7 entre 10 europeus estão fervorosos com a sua vitória. Com seus 19 anos ela é a sensação, acalmando até os ânimos da crise que assombra a europa. É como uma copa do mundo no Brasil.
  E satellite é uma dessas músicas chicletes que não precisa de muito para grudar na sua cabeça !

* siteOficial

sábado, 12 de junho de 2010

12.06

Image and video hosting by TinyPic

Crie seu WebSite.

Bom, não é bem assim um WebSite desses de profissionais. É mais como uma brincadeirinha que faz a gente se sentir importante nas mídias digitais hahahaha. 

Tentem fazer : http://www.wix.com/

 


2




3




Até que ficou bonitinho, tentei fazer algo que lembrasse um portifólio com alguns trabalhos no meu amadorismo fotográfico hihi


Ps:. É provável que apareça, logo no início, uma janelinha quando você clica em ''Edit'' que te impede de continuar. Nesse caso : Vá em Ferramentas / Bloqueador de Pop-us/ Configuarações do bloqueador ( colocar o link do http://www.wix.com ) / Habilitar bloqueador .... E pronto, espero que tenha resolvido :*

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Uma Didática da Invenção

Por Manoel de Barros.

Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:

a) Que o esplendor da manhã não se abre com
faca.
b) O modo como as violetas preparam o dia
para morrer.
c) Por que é que as borboletas de tarjas
vermelhas têm devoção por túmulos.
d) Se o homem que toca de tarde sua existência
num fagote, tem salvação

        

e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega
mais ternura que um rio que flui entre 2 lagartos.
f) Como pegar na voz de um peixe.
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
Etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.



No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para Dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.

           


Quando o homem faz sua primeira lagartixa,
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras .



Para entrar em estado de árvore é preciso

partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.


Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.




O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

É só amor.

                 Todo dia dos namorados a cidade fica cheia de coraçõezinhos, há batom nas vitrines estampando “eu te amo”, os restaurantes lotam e os motéis ganham filas.

Todo dia dos namorados, os caixas fazem hora-extra, as embalagens chiam celofanes mundo afora, milhões de cartõezinhos são manufaturados de livre e espontânea vontade e sem vontade nenhuma também.
Todo dia dos namorados, as moças rezam pelo inusitado, os rapazes penam ou apelam à maternidade. Minha mãe uma vez comprou dois conjuntos de lingerie iguais, apenas trocava a cor, para as duas namoradas do meu irmão. A ilusão de uma data romântica e infalível, pra mim, durou menos que Papai Noel.
               Mas essa semana eu vi uma novidade: uma grande rede de lojas se fazendo de alcoviteira e criando agência de namoro na internet. Assustadora estratégia de vendas: se quiser se curar da solteirice, eu arranjo alguém pra você comprar presente.
Não basta a gravação no estacionamento do shopping, os comerciais de rádio e TV esmagadores, os lembretes onde quer que ande? Tudo empurrando a individualidade para o espaço. Se é solteiro, logo, é encalhado. Tem alguma coisa errada com você.
Me pus a pensar sobre o preconceito e a confusão entre solidão e estar solteiro. Solidão é sofrer ausência. Estar solteiro é gozar das possibilidades.
Há muitos anos provaram que o segredo está nos olhos. Talvez a dificuldade de quem sente solidão seja se posicionar como um derrotado. Quantos namoros surgem na véspera da data por absoluta carência? Ser solteiro não é não estar casado. Veja só.
               As prostitutas parisienses usavam um colírio à base de Beladona e antes disso, mulheres aplicavam extrato de atropa nos olhos. Isso para dilatar as pupilas e imitar o desejo. Desejar nos torna mais belos. Dizemos que sim, queremos alguém, com o olhar. E o parceiro pressente essa abertura.
O Dia dos Namorados é o colírio em nossos olhos. Fantasiamos um querer imenso, de tirar o ar, próprio da paixão e, por isso mesmo, absolutamente incontrolável: ele é que se impõe sobre a gente.
Querer e não querer são ciclos tão naturais quanto as estações do ano. Ao que o próprio corpo determina, não cabe crítica. Solidão é a arrogância de julgar que não está na hora do inverno. Quer reclamar? Escreve pro SAC do @ocriador. Ao menos será divertido.
                 Quem está sozinho, que se ame ainda mais. Tenha paciência com as pupilas, procure o sentido da pausa, perca o medo do egoísmo e aproveite para criar o hábito.

Crônica de Cínthya Verri (@cinthyaverri)

terça-feira, 8 de junho de 2010



Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos.

Tati Bernardi.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

                     

                     clique [no quadradinho cinza] para ouvir
               

domingo, 6 de junho de 2010

la musique française.

Não troco essas vozes tão fácil ...

Emilie Simon - Fleur de Saison

 Coeur de Pirate - Berceuse

Camélia Jordana - Moi C'est

Carla Bruni - L´amour 

♥_♥




Algum dia chego à França hihi

sábado, 5 de junho de 2010

A CASA CAIU

E o céu se abriu,
O chão zuniu,
O vento grunhiu,
A cama rangiu,
O coração diluiu.

E então, você correu
Mas a promessa não era assim.
Depois que o mundo acabasse
que o universo expandisse
que a bolha estourasse...
Mas você correu e partiu sem mim


E a rima repetiu
A esperança repartiu
Os sonhos que ninguém mais viu.
Os falsos amigos estão para mais de mil!

Mas por onde vai você, amor?!
Que disse bem assim:
- E se tu caires me jogo em teu encontro, meu bem!
Por onde anda agora que ... ?

O céu se abriu,
O chão zuniu,
O vento grunhiu,
A cama rangiu,
O coração diluiu.

Coeur de Pirate - Comme des enfants




        '' Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort.''

tradução <3

sexta-feira, 4 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

'' Dorme minha pequena, não vale a pena despertar...''

(Acalanto para Helena, Chico Buarque)


Quando quero fugir de uma situação, de uma pessoa que bate na porta, de um compromisso, de um poema, de uma ligação, dessa obrigação do se relacionar, do sorrir educadamente, do dispensar gestos e palavras que necessitam um pouco de esforço para surgirem naturalmente, eu morro. Fico morta o maior tempo que for possível. Morro algumas vezes na minha cama ou no meu sofá, outro dia dei até para morrer enquanto me encostava na janela.
Morro de cansaço, de stress, de preguiça, de fome, de vontade. Minha morte é um ato premeditado, como não teria coragem de me matar de verdade e se me arrependesse não teria como voltar, fecho os olhos. Fecho o quanto mais eu puder dos olhos, até que os cílios se abracem de tal forma que seriam capazes de nunca mais se soltarem.
Morro. A pálpebra encerra o meu contato com o mundo, cortinas do teatro, lacres propositais. Não quero nenhum contato, não quero sons, não quero pele, não quero gosto. Me coloco para dentro de mim, me recolho com cuidado de como se qualquer movimento brusco fosse capaz de me quebrar, me repartir, me retirar um pedaço que fosse importante ou que fosse precioso demais para ser perdido.
Não é dormir, não é pensar. Não quero nada na mente, não quero nenhum movimento involuntário do corpo. Respiro fraquinho, mas ainda consigo sentir o ar como uma ventania me penetrando o nariz: é isso, mais nada. O ar, essa necessidade invisível é o que me deixa no laço fragilíssimo com a vida.
Me retiro da cena, não exijo papéis, não decoro falas prontas. Morro. A sensação é mesma de quando nos colocamos por trás da janela e olhamos para fora sem ver, pensamos sem saber no quê. Imóveis. Perdidos dentro da própria casa, menores ou maiores que o corpo, às vezes fora do corpo. Perdidos de nós mesmos. Perdidos mas pedindo: “Por favor, alguém me encontre, alguém me cuide, alguém me leve para casa e me conte histórias até que eu adormeça.”
Um pedido de salvação, uma oração que dispensa o nome de Deus. Esse silêncio é meu grito. Essa forma de morrer é uma súplica para um convite para a vida.
Morro como uma fuga das coisas que necessitam de mim. Não há morte que seja heróica, morrer é uma covardia, embora que ela me exija ser forte. Uma coragem covarde, quase uma epifania. Um abismo antes do último passo até o milagre.


Cáh Morandi

quarta-feira, 2 de junho de 2010

PHOTODAILY

  Como amante da fotografia que sou, sinto um Q de inveja de uma olhar tão aguçado e criativo!
      Fotos de autoria do Carl Kleine ( mais sobre o trabalho dele aqui ) :

♥ ♥ ♥