João amava Lili.

João amava Lili. E isso era uma sitação irrevogável, assinado com caneta de tinta verde e papel de área visionária. João amava Lili, vivia a escrever poemas e esquecê-los amassados dentro do bolso na hora do intervalo. João amava. Embora ele não soubesse o que era amor, nada além das frases românticas em papel de bala e das caracteristicas que já tinha lido em algum livro que tinha roubado da irmã: perna bambaeando e coração pulsando a mil por hora, ligado no 220 w quando ver ... a Lili. João tinha cabeça na lua, esquecia das coisas, fazia aviãozinho de papel e não olhava diretamente os olhos da menina que sentava a sua frente quando ia pedir a borracha emprestada. João amava Lili. Pulando no tempo, uns 10 anos depois, João ainda amava. Amava cegamente, amava desesperadamente e jogou fora a coleção de frases em papel de bala. Talvez por que bala remetesse a chiclete, que remetia ao coração mastigado, estraçalhado 10 anos atras ao descobrir que Lili amava ... Joaquim! Hoje, João ainda ama. Esqueceu Lili. Por que por mais que o presente seja uma situação irrevogável e agora você ame alguém espero que não a Lili , o tempo passa como papéis de balas ou cartas de amor riscada. E na soma da equação não importa que a Lili, Joaquim, josé, Antônio, carlos... exista agora. O que importa mesmo é que João amava.