sábado, 3 de abril de 2010
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Faz tempo eu procuro no caminho uma pedrinha rosa. Eu procuro, procuro e ela se desfaz em uma ilusão de óptica, como se eu a tivesse e depois caísse da cama acordada. Ela é assim, rosinha, sem forma, cheia de traço e parece ser doce, embora seja apenas uma pedrinha. De tempos em tempos ela parece me fazer de boba, correndo atrás sozinha, do que está tão sem movimento. Ela é uma pedrinha média, menor que uma bola-de-gude, maior que uma nota musical. Se alguém achar essa pedrinha rosa, traga-me. Não precisa de laço, e venha às pressas, por que das vezes que a vi passar ela caía dos bolsos. E se não quiser me entregar, guarde-a e não a deixe exposta pra ela não diluir. É apenas uma pedrinha rosa que eu ando procurando, uma no meio dos caminhos, assim tão firme e curta, assim tão importante pra mim. Ela é rosa porque é minha e eu a vejo assim, a sua pode ser lilás, cor de abóbora , ou nude ( para os mais modernos ); só não pode sem ser cor. Repito: Se a vir, me devolva sem enfeites. É um tanto quando díficil achar algo sem sobrenome, nem sei se ela está no Brasil, mas tenho certeza que o Dólar, Real,ou Euro não compram.
E tem mais uma coisinha, alguns chamam a minha pedrinha de Feli ... aguma coisa ... acho que Felicidade. Meio estranho, mas não importa. Só quero que volte a minha pedrinha rosa.
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