quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Crime passional.
O canto do choro, a brisa do supiro, o molhado do travesseiro à noite. Não há oque me faça não querer ver você, se a cada soluçar antigo fecho os olhos e lá vem você de novo, sem querer. A buzina do taxista, as mãos dada pra atravessar a rua, o canal de fofoca da tv. Não há pra onde fugir, você me persegue e não tem prisão pro seu crime passional, me matando lentamente na ansiedade de sentir, além do cenário imaginário, seu suspiro atrás do pescoço. Ver filmes românticos, fingir que estou lendo um livro, assaltar a geladeira de maduragada não faz o tempo parecer mais curto, e quando faltam 25 dias é mais aflitante do que a um ano atrás quando eu prometi voltar. Quando a oração não pede, o sonho não espera, o canto não diz, a história vira a página e você não está comigo, não há nada além do choro da alma, da última lágrima, do soluçar do fim. Vou voar alguns km, flutuar sobre a nuvens.O avião vai selar a vitória da esperança que de tanto esperar conseguiu mais uma vez, por que de esperança meu amor vive, esperando não se sabe oquê depois do novo adeus, mas com fé que quando eu abrir a janela a noite e não esperar mais nada, o celular vai tocar e o seu timbre vai repetir : eu te amo!
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Que bonito.
ResponderExcluirA gente vive esperando, mas a delícia da chegada é algo impagável.
Beijo.
Que lindo! :T
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