sábado, 16 de abril de 2011

O moralista não é.

    O moralista é uma espécie de consciência avessada dentro do nosso próprio corpo, que se manisfesta quando a sociedade está olhando. Seria meramente ilustrativo sermos caixas embaladas como o moralismo espera: a persona cravejada de dógmas.
     O moralista é como receita de bolo, dosado, na medida, com sabor previsto. Mas só quando é teórico.
Quando o forno esquenta mesmo, quando o desejo supera o tabu e o bolo desanda a moral vira estranha. O bolo se degenera. E que falta de decência é oferecer um bolo desandado...
     O moralista sabe que peca arduamente, lascivamente, abrasivamente. Então quando vai julgar... mente.
A puta é a ovelha desgarrada, o moralista é o pastor cego. O viado é a dialética, o moralista a demagogia. A nudez é o dragão, o moralista São jorge. O sexo é o contágio aberto, o moralista é o enclave contagiado. Somos a mandrágora, oque é previsto ser é o maná.
O desejo é o bixo selvagem dentro da gente, que grunhi, que é feio, que é assombroso, que é nosso olho virado ao avesso enxergando por dentro. A moral é nossa máscara sorridente, que em busca do respeito supremo julga desenfreada.
    O moralista não é.
Nem nunca será. Por que a moral é amordaçada e o humano sempre será um animal solto, desgarrado, dialético, soltando fogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário