domingo, 8 de agosto de 2010

Até logo, amigos!

 Já devem ter sentido minha ausência pra não dizer inadiplência aqui no MW! Fiz uma breve-brevíssima explicação pra isso AQUI. Preciso de um tempo pra organizar as coisas e meu coração vibra com a hora que eu possa voltar firme e forte com as postagens. E mais uma vez, me desculpem!

Vou deixar um texto da Maria Rita Angeiras, que define um pouco o momento.


ATÉ LOGO.
Escrever é tocar alguma coisa. Uma coisa que às vezes é macia, mas que às vezes fere, até ferir tantas vezes que um dia o machucado fica tão grande que é preciso parar e cuidar da mão. Escrever acontece. E em alguns períodos acontece com tanta frequência que é preciso dar um passo atrás, antes que se adoeça do oco que se sente entre a linha um e a linha dois. E existe o cansaço físico de transformar letra em sentimento e sentimento em letra, porque é impossível equilibrar a limitação das palavras com a adorável ilimitação da vida. Escrever adoece. O pulmão, o coração, o peito e qualquer parte sensível que não aguente o sufoco de vibrar numa rima e morrer na outra, repetidamente. Escrever é uma troca. E sempre faz bem para os dois lados, mas não é saudável usar o ombro de quem lê para enxugar as lágrimas de quem escreve. Por isso, é preciso respeitar a ausência, sem achar que a falta da coisa escrita é a falta da própria pessoa que escreve. É preciso absorver o vazio, sem precisar recorrer à última gota de poesia, porque esta nunca se deve tirar do sangue que passeia no corpo. E, por fim, é preciso aceitar, com doçura, o silêncio, sem nenhum sentimento de perda, mas acreditando que, com ele, se ganha outra coisa. Outra coisa que engrandece. Outra coisa que não está escrita. E que nem precisa estar.





Eventualmente eu volto a escrever.

Um comentário:

  1. Floor..
    Tuudo muito lindo por aqui.
    Tem selinho pra ti lá no photograph!

    Pega lá! Tá cheio de carinho.

    Beijos revelados!

    ResponderExcluir