quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cai num tom razo do céu
um pássaro desavisado;
dando, abaixo de onde deveria estar, passos.
Passos por onde só gente de carne e pecado poderia estar...


Cai de um tom aveludado,
asas batendo por um milésimo a milhão.
fingindo que não tem medo
ser filho do deus cronos
e acabar engolido por ser primogenito do tempo.


Cai passarinho andante,
nas mãos de alguém que arraste
um manto pesaroso.


Cai pássaro ardente,
bebeiricando o amor na terra
já que não encontra no ar .


Cai! como todo ser que nunca se contenta
com a vista que tem do lugar onde está .


Um comentário:

  1. Adorei seu poema, principalmente a citação ao Deus Cronos, adoro mitologia. E adoro seu blog também ^^ Cuida-te

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