sábado, 10 de abril de 2010

Sou um copo vazio depois que te derramaram.

            Fazia alguns anos que eu não me sentia como agora. E tudo isso por você se foi e fechou a porta na minha cara, sem prévia ou silêncio. Não que você tenha me dito algo realmente embaraçoso, fui eu que fiz questão de embaraçar o sentimento pra fazer cair morro abaixo um amor que foi bom enquanto existiu. Não fui eu, nem você. E eu sempre odiei coisas a qual eu não posso culpar alguém, então nossa situação fica bem pior. Coisa morna, de casalsinho morno. Você não fala as frases completas e eu tento entender sua pseudo-semântica com a minha pseudo-filosofia guardada. Faz anos que eu não em sentia como agora; assim sem sentir graça no cinema aos sábados, assim sem ter aquele choro bom de ver o final meloso da novela, ou de ouvir uma música e distorcer o sentido só pra ela ser de nós dois. Fazia tempos que eu não me sentia sem alguém para amar, e assim, não poder gostar de ser triste por cinco minutos enquanto o coração de moça-romântica espera um buquê com um cartão baratinho. Sem querer eu esqueci de te procurar, até que você esqueceu que tem que lembrar de alguém, no caso... eu .
           A Clarice Lipector já disse que 'A felicidade dói', hoje eu sei que o amor também dói; dói porque não cabe dentro do corpo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário