domingo, 20 de junho de 2010

O último refúgio dos covardes.

Os corações são maiores que o mundo,
Por isso quando falam avançam, se queimam, andam em brasa.
O mundo pisa em corações,
e transforma homens em poetas.
Então, deem-lhe folhas limpas,
cadernos para os que acovardam-se
Que juntam os trapos nas letras
achando que o amor enobrece.


Cadê as penas na sombra do pássaro?
A que horas o céu tem três cores?
Qual é a personalidade do poeta?


Sonhos na tinta úmida,
que não é impedida de secar.
Como a tinta que já foi molhada em Monaliza
Mas que endureceu como a coragem dos poetas.
Mais uma carta não entregue,
lembrada no medo dos arrependidos.
Que como sempre, se vira, num espacinho de uma caixa pequena
Ganhando rugas, vincos não vividos.
Os homens andam meio tontos,
e deve ser a rotação da Terra.
Que vai mais rápido que as pernas
dos escritores covardes
Que só viram grande mesmo,
dentro das palavras que escrevem.

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