quinta-feira, 15 de abril de 2010

VENTO.

                 O pensamento cai como nuvem, se evapora e retorna em uma tempestade. É sempre assim que as coisas funcionam, e ultimamente eu tenho percebido isso mais claramente. De uma forma mais sútil, me vem uma maneira de pensar um tanto diferente da maioria; a qual se fecha em um pensamento em verdade absoluta. De uns tempos para cá, sou inquieta e não quero ficar doente do mal do silêncio, da ignorância múltipla. É estranho, mas se alguém parar para se observar por cinco minutos um monte de verdade caí por água a baixo. O pensamento é a única coisa, que é realmente livre... e sem máscaras; como tudo que sempre existiu que parece contar a história num baile à fantasia. Não quero viver de um silêncio antigo e quero o saber que chove, não oque evapora, cheio de inspiração e poesia. Desse tipo de saber que nunca sabe o suficiente para acreditar que somos bons o bastante, porque de um jeito ou outro, tudo caí em uma grande ficção, sempre cheia de ciência. De tempos para cá, sei observar melhor os entúlhos disfarçados de arte moderna. Não quero colocar óculos escuros enquanto eu puder enxergar em um mundo cego, cheio de um pop que canta calado, de uma literatura que escreve com borracha e de pessoas que lutam por uma eterna verdade que nunca abre a janela, que nunca pára para repensar... sem influência de um talão de cheque. 
               O pensamento cai como nuvem.              
  Evapora- se ...
           

                           

2 comentários:

  1. E para que ele não evapore sem ser eternizado, nós o escrevemos.

    Beijo.
    Lindo texto.

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  2. Maravilhoso o texto, parabéns.
    Um beijo

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